domingo, 5 de maio de 2019

O divorcio e a culpa

Jesus em Mateus 5:31-37 ensina que no estilo de vida de um Cristão não deve ocorrer o divórcio, salvo em caso de adultério. Diferentemente de como os fariseus pensavam, que bastava dar carta de desquite e repudiar a mulher, como diz:
“Replicaram-lhe: Então por qual razão mandou Moisés dar uma certidão de divórcio à mulher e abandoná-la?” Ao que Jesus declarou: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos concedeu separar-se de vossas mulheres. Mas não tem sido assim desde o princípio”. Eu, porém, vos afirmo: “Todo aquele que se divorciar da sua esposa, a não ser por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério”. Mateus 19:7-9
Ou seja, para Jesus a simples ação legal de desquite que é feita por questões diversas, que não caracteriza uma traição, é um pecado de falta de amor, solidariedade, afeto e, sobretudo a honra de um juramento ou aliança feita diante de testemunhas ligada às alianças terrenas e também celestiais, embora não sendo um casamento feito com essas formalidades, não deixa de ser uma quebra de aliança que um dia foi feita pelos cônjuges no coração e verbalizado em caráter de juras e amor tendo sempre Deus como testemunha. Como diz
“Por isso, vos afirmo que de toda a palavra fútil que as pessoas disserem, dela deverão prestar conta no Dia do Juízo. Porque pelas tuas palavras serás absolvido e pelas tuas palavras serás condenado”. Mateus 12:36,37
Pela dureza do vosso coração disse Jesus, pois muitos se casam sem ter a devida cautela, maturidade e determinação do significado, que não deve ser um desejo frívolo, mas um amor que integralize o ser um do outro como que se juntassem a própria carne, como diz:
“E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Mateus 19:5, 6.
Sendo assim conclui-se que o casamento é uma aliança de união que Deus instituiu que não esta a disposição de pessoas com dificuldades de amar incondicionalmente e honrar as palavras que profere.
Importante é também considerar que Deus é justo e fiel, tudo esta nu e transparente ao seu olhar. Muitos divórcios feitos, nem todos são justificados perante Deus. Quando uma pessoa ama a outra deve cuidar dela! Quando há prevaricação no cuidado que o casal deve ter um do outro, não é justo atribuir a culpa apenas àquele que pede divórcio, como diz:
“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência”.1 Coríntios 7:3-5
Muitos prevaricam a este ensino de Paulo e acabam separando-se, vitimas de uma situação que foi criada por si mesmo. Interpretam erroneamente esta instrução achando que implica apenas no sexo, esquece o afeto,atenção e, acima de tudo o amor incondicional! Amor que Jesus ordenou ser aplicado ao próximo, quanto mais ainda ao conjugue que consumado o casamento passa ser uma só carne entre o casal. Esquecem a aliança e palavras proferidas de honrar, respeitar, amar, na alegria e na doença, na riqueza e nas dificuldades. Simplesmente são arrebatados pela concupiscência dos olhos, da carne e pela irresponsabilidade de honrar uma aliança e, em certo ponto já uma família.

Sobre o Autor:
Celso José B... é Cristão, Bacharel em Teologia pela Faculdade Refidim Jlle e Graduado pela Faculdade Sul Americana LDA.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Adultério, quem o comete ?

Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela. Mateus 5:28
Jesus disse essa palavra em relação ao sexto mandamento “Não adulterarás”, palavra essa que em conformidade com as definições do dicionário Hebraico tem toda uma correlação com as palavras: “cobiça”; “atentar”; “cuidar”; ”olhar”; ”desejar”; “cercar”; “ver”; “observar”; “contemplar”; ”espreitar”; “ cobrir”; “estender”; ” prever”; “profetizar esperar”; “ter expectativa” , “golpear” etc... Há muitos outros verbos no Hebraico que integram esta correlação de ações que no conceito de Jesus tem o mesmo efeito e peso.
Considerando o simples gesto de olhar para o sexo oposto com intenção impura, já caracteriza o ato de pecado consumado apenas pela intenção. Isso se considerando uma interpretação literal do versículo proferido por Jesus! Que é de fato um pecado da intenção do coração, mas não consumado pelas ações , o que não resulta em consequências e resultados de uma semeadura ruim a ser colhida no futuro.
A consumação de todas as consequências do pecado em questão não são totalmente literais, sendo que; quando atento com meu olhar para uma pessoa que esta diante de mim perecendo de fome e só tenho a intenção de alimenta-la por piedade, porém por alguma razão não executo este gesto de amor podendo faze-lo, mesmo assim, já seria uma boa ação consumada porque tive a boa intenção , mas o problema não foi resolvido , porque a pessoa continuaria com fome; na verdade se eu não partir para uma ação que resulte em pelo menos dar algo à comer àquele que esta com fome, não vai resolver o problema.
Considerando Mateus 5:28 , nos versículos 29 e 30 Jesus disse: “Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca e atira-o para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo seu corpo seja lançado no inferno”. “E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo seu corpo seja lançado no inferno”. Mateus 5:29,30.
Considerando todos os verbos do Hebraico que se relacionam ao termo adultério , podemos entender que esse pecado implica em muitas ações posteriores ao simples ato de olhar. Como também implicam de forma figurada os órgãos olho e braço, sendo que Jesus se refere a toda face de nossa vida e todo o poder que o homem ou mulher tem que figuradamente pode ser considerado seu olho e seu braço direito. Implica sobretudo ações para evitar o pecado.
Exemplo : Muitos homens e mulheres tem uma aparência física privilegiada, boa estatura, belos olhos, e todo um conjunto de traços que formam uma beleza irresistível , para muitos a sua aparência até representa parte integrante do seu ganha pão, de sucesso profissional no trato dos negócios, vendas e atendimento, afinal , o que encanta o ser humano em muitos casos é próprio ser humano, das habilidades de persuasão e de comunicação que muitos adquirem naturalmente, sem falar ainda que muitos tem o poder do dinheiro e das riquezas, que abrem muitas portas, senão quase todas no contexto terreno e materialista, corrompendo o próximo e também se auto corrompendo.
Jesus disse que tudo isso é muito bom e proveitoso, mas é melhor ficar sem isso do que ir para o inferno com este figurado braço e olho direito da vida. Ou seja, é melhor em muitos casos suprimir a beleza e os encantos que podem ser facilmente alvos de corrupção humana que direcionam a toda natureza de adultérios, enganos, cobiças etc. Jesus também quis dizer com este ensino que aqueles que não tem riquezas, dinheiro e prestígio humano , mas no entanto buscam incansavelmente o ter, em muitos casos até inconscientemente para satisfazer suas concupiscências carnais, também já cometem o pecado do adultério antecipadamente pela intenção do coração impuro.
Como diz: “Donde vem as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vem disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam”? “Cobiçais e nada tendes, sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis”. “Pedis e não recebeis porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. Adúlteros e adulteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Tiago 4:1,2,3 e 4
Mateus 5:28,29 É uma afirmação de Jesus que nos da a certeza que é necessário a graça divina incondicional de Deus a vida de todo ser. Pois na afirmação de Jesus a intenção do nosso coração é tão grave quanto nossas ações, pensamentos, presunções, jactâncias e até os planos acerca do futuro. Mesmo que nosso pecado fique apenas na intenção impura, contudo Jesus não tem por inocente a nossa hipocrisia e falso moralismo. Jesus reprovou veementemente toda atitude semelhante a essas em seu ministério , mas concedeu misericórdia a todos que com humildade confessaram e reconheceram as sua maldades e pecados.

Sobre o Autor:
Celso José B... é Cristão, Bacharel em Teologia pela Faculdade Refidim Jlle e Graduado pela Faculdade Sul Americana LDA.