terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Religião : Vivendo dentro da caixinha...

Na realidade os seres humanos em um certo aspecto se parecem muito com os animais . A evolução dos cães mostram que muitos deles se permitiram ser domesticados, assim como aves e outras especies. O homem por sua vez foi criado por Deus e se permitiu ser enganado e dominado por sua própria especie, como se diz:
"O homem é o lobo do homem" Thomas Hobbes , Filosofo Inglês
Deus não criou a religião, nem tampouco nome, para dar nomenclatura a qualquer que seja a sua fé. A religião bem como suas centenas de milhares de nomes foi criação do próprio homem , na intenção de domesticar e cativar a fé de seu próximo bem como também tornar sua vida dependente de um sistema que deve ser alimentado. Anulando assim o que poderia ser uma relação direta e simples com Deus.
Quando atentamos para as escrituras sobre a relação de Deus com Abraão, não podemos dizer que houve um nome para uma instituição que seja oriundo dessa historia, nem tão pouco com Moisés. O que essas historias nos ensinam são lições de liderança sobre o cuidado que devemos ter com nossa família no tocante aos mandamentos de Deus. Ensina a historia que todo homem deve ser sacerdote de sua família. A historia bíblica tanto no Velho, quanto no Novo Testamento nos relata acerca de festas da pascoa, união, e por fim Jesus ensinou o amor, comunhão e batismo; substituindo a velha aliança toda cheia de mandamentos e instituições dos homens.
O Cristianismo como nós o conhecemos, não foi um termo que Jesus instituiu, e sim os homens, o termo que Jesus ensinou, ou seja, se é que Jesus deu algum nome para se usar em uma religião ou instituição certamente esse nome seria o Amor. Quando escrevo que o homem se permitiu ser domesticado, é quando o mesmo ignora o fato de que apenas o genuíno amor ao próximo é suficiente. Como disse Jesus acerca da parábola do Samaritano
"Em resposta, disse Jesus: Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'. Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: Vá e faça o mesmo". Lucas 10:30-37
Esta parábola responde muito bem o que é religião segundo o conceito de Jesus. Mas o homem prefere se permitir ser domesticado por um sistema religioso, prefere sentir-se dentro de uma caixinha, prefere também ser conduzido por um outro homem igual a ele, julgando entender que o outro tem posse de palavras que o conduzira a salvação. Sendo que basta apenas amar.
Assim como os animais são muitos homens: muitos animais vivem aparentemente confortáveis servindo seus donos, porque recebem restos de comida em um prato; as aves, embora dentro de gaiolas ou viveiros, também não deixam de cantar porque sempre tem comida e água dentro da gaiola. Dessa maneira também vivem aqueles que se encontram satisfeitos em uma religião, pois sempre terão o alimento que entendem que necessitam dentro dela, que seria uma palavra de conforto, ou seja , aquilo que sua vaidade, caprichos e egoismo quer ouvir muitas vezes; também tem dentro da mesma ações que satisfazem seus desejos e atenuam sua culpa, como ouvir uma boa palavra, cantar louvores que emocionam etc.
Não é objetivo desse artigo dizer que tudo isso descrito é ruim ou em vão, pelo contrario tudo é bom e proveitoso desde que acrescente e fortaleça mais sua fé no sentido de potencializar o amor sincero e verdadeiro do evangelho, que não escraviza, que não confina, que não coloca jugos pesados, que não permite usurpadores de Deus, ou seja, homens amantes do dinheiro e de si mesmos, mas que acontecem em um âmbito de comunidade onde o amor por Cristo e o Evangelho é evidenciado pela verdade, que não busca interesses pessoais por parte da liderança eclesiástica, afinal não é religião que salva, mas o Amor e a fé.

Sobre o Autor:
Celso José B...O é Cristão, Bacharel em Teologia pela Faculdade Refidim Jlle e Graduado pela Faculdade Sul Americana LDA.

2 comentários:

  1. Excelente artigo, claro, objetivo, explica sobre o verdadeiro Cristianismo... O AMOR GENUÍNO... Muito bom!

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  2. Muito bom, e com certeza o amor e a fé verdadeira sim pode transformar

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